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terça-feira, 10 de junho de 2008

Pseudo-politics

As recentes eleições no PSD mostraram-nos que a politica em Portugal se encontra bipolarizada. Se até aqui este conceito dizia respeito à existência de dois partidos políticos principais que competiam por votos, recursos e poder, actualmente esse fenómeno representa a existência de dois movimentos políticos: o Pseudo-Populísmo e o Pseudo-Elitismo.
Digo Pseudo porque nenhum dos movimentos se afirma como tal. O Pseudo-Populísmo pretende passar uma imagem de rigor e credibilidade enquanto que o Pseudo-Elitismo procura chegar perto do povo (dito sociedade civil em terminologia elitista). Esta tendência é assustadora. Ninguém pretende ter governantes populistas nem mesmo elitistas. Mas soluções ambiguas e criadas artificialmente como forma de obter mais votos e, dessa forma, mais poder, é o principio do caminho para o abismo.
Se analisarmos os manifestos partidários e as orientações partidárias actuais ficamos, no minimo, confusos, muito confusos. Os manifestos pouco ou nada têm a ver com o posicionamento actual dos partidos no espectro eleitoral.
Manuela Ferreira Leite ganhou as eleições internas mas terá de ganhar o país. O combate ao défice que a caracteriza desde que foi Ministra das Finanças dá-lhe a bandeira da credibilidade mas também a da dúvida. Será que um economicista como Manuela Ferreira Leite conseguirá aproximar-se dos problemas reais do país?
O problema financeiro é importante mas não esqueçamos as desigualdades regionais, a pobreza, o peso da administração pública na economia, os problemas ambientais, o desemprego, a falta de recursos energéticos e, até, a falta de água.
Para conquistar o país, o PSD, assim como o PS terão de enfrentar o desafio de atacar os problemas estruturais do país e solucionar os problemas conjunturais. Os pseudo-conceitos são eles próprios conjunturais e, por esse efeito, efémeros. Mas as sociedades ganham-se com soluções, medidas concretas. Pseudo-politicas representam apenas uma perda de tempo e uma ilusão temporária para os eleitores.
Esperemos que os eleitores estejam alerta no momento de votarem e optem pelas soluções e não pelas ilusões.

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