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segunda-feira, 16 de junho de 2008

Ser mulher ou ser cidadão?

O facto de as mulheres estarem arredadas dos confrontos políticos na Europa não pode ser integralmente culpa do sistema político europeu. Parece-me um pouco redutor a ideia de um sistema político "deixar a desejar" pela falta de cidadãos do sexo feminino em cargos importantes. Como cidadão interessado, importa-me que todos estejamos BEM representados, mais do que estarmos representados em percentagens sociais, ditas quotas. O facto de ser mulher pode ser representativo em termos de paridade mas não implica a existência de uma melhor governação. Daí não concordar com a existência de quotas nem de percentis da sociedade na política. Importa analisar porque não existem mulheres na política, ou jovens, ou outros quaisquer estratos sociais. O sistema político (por exemplo em Portugal) está tendencialmente dominado pelo mesmo circulo politico há mais de 30 anos!! Se analisarmos em detalhe, são as mesmas familias politicas que nos governam desde 1974. E isso não acontece apenas em Portugal! Reparemos na dinastia Bush ou Clinton nos EUA. Com Hillary teriamos de facto a primeira mulher presidente nos EUA mas mais um Clinton. Isso sim, é preocupante. Pois, sem regeneração, teremos cada vez mais politics e menos policy! E, dessa forma, os problemas não são resolvidos mas sim maquilhados! Será que é isso que os cidadãos querem?

Comentário a artigo de Marina Costa Lobo, publicado no Jornal de Negócios 16-06-2008

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